
Estava vendo um programa de televisão em que João Bosco dava uma entrevista sobre sua música-vida!Em especial sobre a esperança da mudança. Bosco falava da morte do Chaplin em 77 e da esperança que ele nos dava em seus filmes. A esperança que à época nos era luta devido à ditadura militar. Vivemos épocas de dura repressão, de desanimo, de desespero, mas também de esperança pela mudança possível. Por isso, a reflexão com a música O Bêbado e A Equilibrista, também de composição Aldir Blanc. Esperança que nos anima a lutar nesse campo de tensões, de emoções e disputa...
E um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos
A lua tal qual a dona do bordel
Pedia a cada estrela fria um brilho de aluguel
E nuvens lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas, que sufoco louco
O bêbado com chapéu torto fazia irreverências mil
Prá noite do Brasil, meu Brasil
Que sonha com a volta do irmão do Henfil
Com tanta gente que partiu num rabo de foguete
Chora a nossa pátria mãe gentil
Choram marias e clarisses no solo do Brasil
Mas sei que uma dor assim pungente não há de ser inutilmente
A esperança dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha pode se machucar
Azar, a esperança equilibrista sabe que o show de todo artista tem que continuar
Reflexão necessária para pensarmos na esperança e na mudança...
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